Um dos maiores porta-contêineres atraca no Porto do Rio de Janeiro

Um dos maiores porta-contêineres atraca no Porto do Rio de Janeiro

Projetos da Autoridade Portuária para melhoria do acesso aquaviário são fundamentais para a chegada de navios maiores

O Porto do Rio de Janeiro recebeu, no último dia 27 de julho, o navio MSC NITYA B, o porta-contêiner da classe Sammax possui 330 metros de comprimento e capacidade para transportar 12 mil TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés). As informações são da Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ).

Os navios da classe Sammax (a maior disponível na América do Sul) podem chegar a medir 336 metros de comprimento, 48 metros de largura e 15,2 de calado máximo (distância medida entre a lâmina d’água e o fundo da embarcação). Para receber esses mega conteineiros, a CDRJ informa que vem adaptando o porto para atender aos parâmetros operacionais de calado e de manobra.

“O Porto do Rio de Janeiro está cada vez mais qualificado para receber os maiores navios em operação, tanto por possuir as características ambientais adequadas e profissionais capacitados, como também por causa dos investimentos em tecnologia para a melhoria da infraestrutura aquaviária que a Autoridade Portuária e os terminais conteineiros têm realizado, com o apoio da Marinha do Brasil e da Praticagem”, ressaltou o diretor-presidente da CDRJ, Francisco Antonio de Magalhães Laranjeira.

Outros meganavios como o Northern Justice, com 332,8m de comprimento e 42,2m de largura; e Ever Laurel, com 334,9m de comprimento e 45,8m de largura também fazem escalas no Porto do Rio de Janeiro.

Segundo o gerente de Acesso Aquaviário do Porto do Rio de Janeiro, Roque Pizarroso, “as manobras de atracação e desatracação de navios desse porte exigem muita experiência de toda a equipe envolvida. São especialistas e técnicos portuários, além de práticos atentos a cada detalhe para que as operações de entrada e saída transcorram com segurança.”

Projetos de melhoria do acesso aquaviário

Desde abril deste ano, a CDRJ tem realizado manobras experimentais noturnas com navios porta-contêineres pelo Canal de Cotunduba. Segundo o superintendente de Gestão Portuária do Rio de Janeiro e Niterói, Leandro Lima, “esse canal é o mais importante acesso ao porto em função de sua profundidade e recebeu uma moderna sinalização náutica recentemente com a instalação de Boias Articuladas Submersíveis dotadas de AIS AtoN (Auxílio a Navegação)”.

Em breve também será empregado um software para cálculo da folga sob a quilha em tempo real, também conhecido como “calado dinâmico”, que renderá consideráveis ganhos financeiros ao porto, com o incremento do calado operacional máximo dos navios e a redução do volume de “frete morto”.

A CDRJ ressaltou, em comunicado, que vai implementar o VTMIS – sigla inglesa para o Sistema de Gerenciamento e Informação do Tráfego de Embarcações, moderno sistema de auxílio eletrônico à navegação, com capacidade para prover a monitoração ativa do tráfego aquaviário e a proteção ao meio ambiente. A primeira fase do Projeto do VTMIS prevê a implantação, no 1º Trimestre de 2021, de um Local Port Service (LPS) nos Portos do Rio de Janeiro e Itaguaí.

*Com informações da ASSCOM