Editorial do Presidente

Rio de Janeiro, 20 de abril de 2023

Prezados (as) Companheiros (as)                                             .

 

 

após os primeiros 100 (cem) dias de governo Lula, não houve o REVOGAÇO da CLT que o próprio governo falava. Até agora não vimos sinais que irá haver mudanças do pacote de maldades que foi feito na reforma trabalhista de 2017 no governo Temer. Após a promulgação da lei 13467/2017 vimos vários sindicatos fecharem as portas, outros embarcaram no regime pós pandemia e passaram a trabalhar apenas dois dias na semana, o que perpetua  até nos dias de hoje como home office. Sem condições de manter as portas abertas, alguns acumularam dívidas que inviabiliza o trabalho para o qual foram criados, impedindo de cumprirem seus deveres de ofício.

 

Lembramos que a reforma criou o trabalho intermitente, reafirmaram a terceirização. Já no governo Bolsonaro foi criado a CTPS verde e amarela, tudo para desvalorizar e tornar vil a mão – de – obra, cuja finalidade era pagar menos e não dar direitos sociais aos trabalhadores, como o próprio presidente Bolsonaro falava que trabalhador tinha que escolher entre emprego ou direitos. Mas o calcanhar de Aquiles deles era o movimento sindical, como pará-los? Imagino eu que no embalo da reforma eles propuseram o fim da contribuição sindical anual, só assim poderiam parar os sindicatos. Apenas para contextualizar, não obstante, os bombeiros cobram a taxa anual de incêndio, a LIGHT cobra taxa mensal de iluminação pública, que deveria ser paga pelo município ou pelo Estado, mas nãooooo, é cobrado da população. Os bancos cobram taxas para fazer um TED ou um DOC e demais serviços que nos oferece e que no passado eram dever dos bancos de realizarem sem cobrança, mas a fome desenfreada pelo lucro sem limites até de uma conta salário eles querem cobrar taxas. O cartão de crédito cobra taxa anual, mesmo você usando o cartão durante todo ano e dando lucro a cada transação de 5% pra eles. A OAB cobra a taxa anual e tantos outros que tem arrecadação de outra fonte que não precisariam cobrar, mas não abrem mão. As taxas não tem limites por parte de quem realmente não precisaria cobrar da população, mas curiosamente resolveram acabar com a CONTRIBUIÇÃO SINDICAL ANUAL dos sindicatos, por que será que fizeram isso? Claro,  sabendo que praticamente sendo a única fonte de manutenção do movimento sindical a extrema direita trabalhou diuturnamente para quebrar as “pernas” das instituições inviabilizando a defesa dos trabalhadores cuja alegação era que alguns não faziam seu dever de casa, outros “eram desonestos” e tantos outras alegações, entretanto sabemos que em todos os segmentos existem os bons e os ruins, só não podemos generalizar. Mas era preciso ter um álibi, mesmo que fosse fraco, descabido, sem fundamento, isso foi o que não faltou para por fim a contribuição que viabilizava os sindicatos. Veio o momento e “BINGO”, houve até comemoração por parte de muitos, inclusive de alguns trabalhadores (santa ingenuidade) sem ter como se movimentar, uma grande parte do movimento sindical começou a sucumbir. Os que não esperavam pelo “tsunami” a água entrou pelo nariz, alguns morreram tempos depois e outros ainda agonizam na UTI, sem saber quando sairão do estado de coma. Poucos conseguiram se manter de pé e seguir em frente.

 

 

No início do governo anterior, no primeiro momento para aniquilar a classe trabalhadora, Bolsonaro acabou com o MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO (como era chamado anteriormente), só recriando no final de governo para agraciar seu aliado, tudo foi feito para punir os sindicatos e os trabalhadores. É preciso que o governo Lula reveja a reforma sindical e remova esse “apêndice” que inviabiliza e sentencia de morte por inanição os sindicatos, pois jamais haverá justiça social sem a participação das colunas de sustentação: SINDICATOS, ADVOGADOS, MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO, JUSTIÇA DO TRABALHO E MINISTÉRIO DO TRABALHO E PREVIDÊNCIA ENTRE OUTROS.                       

 

Temos visto nos noticiários a atuação dos fiscais do MTE onde foi encontrado trabalhadores realizando atividades análogas a escravidão, práticas que ainda persistem no BRASIL em pleno século 21 desafiando os órgãos de fiscalização. Imagina se não houvesse esse singelo aparato de vigilância? A cultura escravagista continua enraizada no DNA  dos mais ricos que detém o poder econômico no BRASIL, eles não se conformam em distribuir renda em ver o semelhante sentar na mesma mesa e dividirem o mesmo pão. É preciso resistir e criar mecanismo para que haja sempre a balança, o equilíbrio, impedindo de criarem mecanismos de destruição dos sindicatos e demais instituições, pondo a parte mais fraca ao trabalho  análogo a escravidão. Lembro quando o presidente da câmara dos deputados Sr Rodrigo Maia falou em alto e bom som: “PRA QUE SERVE A JUSTIÇA DO TRABALHO, ELA NÃO DEVERIA EXISTIR.”

 

Destarte, vale a pena lembrar que sindicatos não recebem contribuição do governo federa, do governo Estadual, do município, do vaticano nem do bispo Macedo, a principal fonte de custeio dos sindicatos vem das contribuições de seus representados que acreditam no trabalho incansável em prol de toda categoria. Neste 1º de maio, data comemorativa do trabalhador, onde o mundo inteiro (capitalistas e comunistas) comemora e parabeniza aqueles que são a mola propulsora das nações, o SR. GERADOR DE RIQUEZAS, O TRABALHADOR.

 

Aqui no Brasil assistimos nos quatro anos de governo Bolsonaro, houve uma cruzada contra as instituições de classe. Observem que desde o governo Vargas que no dia 1º de maio o chefe do executivo sempre vieram em rede nacional de rádio e TV parabenizando a “ponta” como mola propulsora da nação. No governo anterior ele não fez um discurso uma única vez. Desde os tempos de deputado sempre votou contra quem produz as riquezas. Talvez seja porque ele nunca precisou procurar emprego e ter uma carteira assinada, nunca passou pelo desemprego. Certamente também entrará para a história com mais este agravante entre tantos que coleciona. 

 

Quanto ao governo atual, o que nos causa preocupação é ver um silêncio anestésico, eles até agora não se mexeram para mudar o cenário em prol da classe trabalhadora, causando um sentimento de angustia e desanimo naqueles que esperavam um “REVOGAÇO” da CLT. Ele ainda terá um tempo, mas não todo tempo, porque “QUEM SABE FAZ A HORA NÃO ESPERA ACONTECER” já dizia Geraldo Vandré em sua canção.

 

 

DESEJO DO FUNDO DO MEU CORAÇÃO UM FELIZ 1º DE MAIO A CLASSE TRABALHADORA, EM ESPECIAL AOS CONDUTORES DE MÁQUINAS, VIGA MESTRA E ELO DE UMA CORRENTE QUE FAZ TODA A DIFERENÇA A BORDO DAS EMBARCAÇÕES!

 

O mal já passou, mas precisamos estar atento porque os que esquecem o passado estão condenados a repeti-lo novamente.

 

Que o SENHOR DEUS, rico em amor, compaixão e misericórdia, abençoe os nossos representados e o nosso amado BRASIL!

 

                                                       

Fraternalmente,

Alcir da Costa Albernoz

Diretor Presidente

vice presidente da CSB

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