Trabalhadores do Porto de Rio Grande são capacitados na Bélgica

O curso de formação para Trabalhadores Portuários Avulsos (TPA’s) promovido a partir de um acordo de cooperação técnica, assinado entre a Secretaria dos Portos do Brasil (SEP) e o Centro de Treinamento do Porto da Antuérpia (Apec) ocorreu na segunda quinzena do mês de abril, na Bélgica. Entre os 10 profissionais presentes na capacitação, dois são trabalhadores do Porto do Rio Grande.

O vice-presidente do Sindicato dos Arrumadores e vice-presidente da Federação Nacional dos Conferentes, Consertadores de Carga e Descarga, Vigias de Carga trabalhadores de Bloco, Arrumadores e Arrumadores de Navios nas Atividades Portuárias (Fenccovib), Rogério Veleda, e o TPA Márcio Costa, participaram do curso. De acordo com o vice-presidente da Federação e do Sindicato, uma grande experiência. “O Porto da Antuérpia, é considerado um dos maiores centros de treinamento do mundo, talvez o melhor. Não há quase diferença entre os equipamentos reais e os simuladores. O Centro utiliza equipamentos com softwares de ponta, e tem toda a estrutura de um terminal, apenas para treinamentos”, disse Veleda.

Ainda segundo Veleda, o que diferencia o Porto da Antuérpia de qualquer outro localizado no Brasil é a questão da valorização de cursos de capacitação. “Todo o trabalhador que entra para o Porto da Antuérpia, independente do terminal, ele é certificado. Lá tem também há um parâmetro de treinamento. Ninguém sai qualificado sem realmente saber. O que é lógico”, completou.

Para discutir temas como a Nova Lei dos Portos e as Perspectivas de Qualificação dos Trabalhadores Portuários, foi criado em junho de 2013 o Fórum Permanente para a Qualificação do Trabalhador Portuário. “É um importante espaço para debatermos a questão da qualificação dos trabalhadores, já que congrega órgãos governamentais, empregadores e a representação dos trabalhadores que é Fenccovib, a Federação Nacional dos Portuários (FNP) e a Federação Nacional da Estiva (FNE)”, disse. “Há muito tempo batemos nesta tecla de que precisamos levar mais a sério a qualificação no Brasil. A tecnologia avançou em uma velocidade muito maior do que a disposição de quem tinha que promover o treinamento. Isso é foco de discussão no Fórum”, salientou.

A partir de agora, os dois TPA’s qualificados terão a missão de transmitir os conhecimentos adquiridos a outros trabalhadores. “No próprio fórum entendemos que os formadores deveriam ser os trabalhadores que estão dentro deste circuito, que desempenham as atividades e que precisam de apenas uma instrução na área pedagógica para que passem de operador para instrutor”, finalizou.

Fonte: Jornal Agora