Entre ameaças, falta de dinheiro em caixa e contratos pendurados, a concessionária CCR que opera o transporte aquaviário no Rio está deixando os passageiros de cabelo em pé com a preocupação com a precarização ou possível paralisação dos serviços. A companhia já afirmou que só tem grana para prestar os serviços até o dia 3 de março, próxima sexta-feira.

Nesse cenário de incertezas, a Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa (Alerj) vai entrar nesta segunda-feira (27) com um pedido na mesa diretora da Casa para a realização de uma audiência pública para discutir o cenário de caos nas barcas.

O presidente do grupo de trabalho, deputado Dionísio Lins (Progressista), vem argumentando que será necessário a realização de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) entre as partes para evitar maiores transtornos, como a interrupção dos serviços que pode deixar os moradores de Paquetá — literalmente — ilhados.

“Vale lembrar que enquanto o contrato estiver valendo a CCR tem a obrigação de cumprir todas as suas cláusulas. Qualquer mudança na operação pode trazer enormes dificuldades para os usuários que residem na Ilha de Paquetá e dependem única e exclusivamente das barcas para chegarem ao trabalho, escolas, universidades e consultas médicas”, afirmou o parlamentar.

Serão convidados para a audiência representantes do governo, da CCR Barcas, da Secretaria de Transportes, do Ministério Público e das associações de moradores e empresários da Ilha de Paquetá.

Fonte: Jornal Extra