Sisu 2015: estudantes já podem conferir resultados

Sisu 2015: estudantes já podem conferir resultados

Medicina foi curso mais procurado, com 63,14 candidatos por vaga. Psicologia e Educação Física vêm em seguida

Os candidatos que se inscreveram no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) ao longo da semana passada já podem acessar o site do sistema para conferir os resultados da primeira chamada do processo seletivo. O acesso foi liberado pelo Ministério da Educação (MEC) por volta das 11h30 desta segunda-feira.

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O Sisu usa como critério para selecionar candidatos a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2014. Os estudantes aprovados deverão efetuar suas matrículas nas próprias instituições para as quais foram aprovados, nos dias 30 de janeiro (sexta-feira) e 1 e 2 de fevereiro (segunda e terça da semana que vem). Os detalhes para a matrícula devem ser fornecidos pelas instituições.

Durante uma coletiva de imprensa na manhã desta segunda, o MEC revelou dados consolidados das inscrições. O total de inscrições superou em 9% o do ano passado. Ao todo, foram 2.791.334 de candidatos, que fizeram 5.431.904 inscrições (cada estudante pode optar por duas opções de curso). A maioria dos inscritos são mulheres, que respondem por 57% dos registros no sistema. Segundo o governo, 48% de todos os candidatos se inscreveram por meio da Lei de Cotas e de diferentes ações afirmativas promovidas pelas próprias instituições.

De acordo com o Ministério da Educação, 53% dos inscritos têm de 18 a 24 anos, enquanto os estudantes de 17 anos representam 22%. Destes, muitos são os chamados treineiros, que fizeram o Enem apenas para treinar. Candidatos com mais de 45 anos são 4% do total de inscritos.

Vem do Nordeste a maior quantidade de inscrições no Sisu. A região responde por 38% dos inscritos no sistema. Em segundo lugar, aparece o Sudeste, com 33%, seguido pelo Norte, com 11%, Sul, com 10%, e Centro Oeste, com 8%.

A instituição com maior número de candidatos inscritos também é do Nordeste. Segundo o MEC, a Universidade Federal do Ceará (UFCE) registrou 187 mil inscrições. A Universidade Federal de Minas (UFMG) atraiu 186 mil candidatos, enquanto a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) teve 177 mil. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) ficou em quarto lugar nesse ranking, com 174 mil registros.

Como ocorre tradicionalmente, o curso de Medicina foi o mais concorrido do Sisu, com média de 63,14 candidatos por vaga. Em seguida vêm o curso de Psicologia, com 55,16, e Educação Física, com 47,12 por vaga.

No entanto, é o curso de Administração que tem o maior número de inscrições (312.991), à frente de Direito (262.255) e Pedagogia (249.348). Medicina é o quarto maior em número de inscrições, com 237.267. Os quatro são tradicionalmente os cursos mais procurados no ensino superior do país.

COTAS

O balanço do MEC informa que 42,7% dos candidatos se inscreveram no Sisu por meio da Lei de Cotas, enquanto outros 5,4% efetuaram seus registros através de ações afirmativas promovidas pelas próprios instituições de ensino. A ampla concorrência responde por 51,9% das inscrições.A relação candidato por vaga pela lei de cotas, segundo os dados do governo, é maior que na ampla concorrência (27,99 contra 25,66).

De acordo com o secretário-executivo do ministério, Luiz Claudio Costa, as notas de corte das duas modalidades são muito próximas, o que consolida a maior qualificação inclusive para estudantes com perfil cotista:

– A diferença (nas notas entre cotistas e não cotistas) tem que existir. Esse é o princípio. Mas hoje é muito pequena, dentro do razoável. É para corrigir uma diferença que houve no passado com alguns segmentos da nossa população, mas ao mesmo tempo não pode ferir a qualidade. Em alguns casos, até quem faz opção pelas ações e cotas enfrenta concorrência mais acirrada que os da ampla concorrência.

Nesse Sisu, foram 2,8 milhões de inscrições na ampla concorrência (relação candidato de 25,6 por vaga), 2,3 milhões na Lei de Cotas (relação de 27,9 por vaga) e 294 mil nas ações afirmativas (relação de 23 por vaga).

A Lei de Cotas, aprovada em 2012, prevê a reserva progressiva de vagas universidades federais para candidatos segundo critérios raciais e sócio-econômicos até 2016, quando 50% delas deverão ser ocupadas por cotistas. Para este ano, o percentual mínimo previsto era de 37,5%.

Fonte: O Globo