Setor de petróleo e gás da Venezuela é sancionado novamente pelos EUA

Setor de petróleo e gás da Venezuela é sancionado novamente pelos EUA

Na última quarta-feira (17), o governo dos EUA anunciou o restabelecimento de algumas sanções ao setor de petróleo e gás da Venezuela. Essa decisão, informada por funcionários de alta patente da administração de Joe Biden à CNN, representa um novo capítulo nas relações entre os dois países e tem implicações significativas para a economia venezuelana e o mercado global de energia.

Expiração da licença 44 e introdução da licença 44-L

O anúncio marca a expiração automática da “Licença 44”, que permitiu a maioria das petrolíferas dos EUA realizar negócios no país venezuelano, bem como a Petróleos de Venezuela vender seu combustível fóssil nos Estados Unidos e utilizar o sistema financeiro americano para transações. Em substituição, o governo dos EUA introduziu a licença 44-L, com atividades abrangidas pelo acordo programadas para encerrar antes de 31 de maio.

Washington justificou a medida, argumentando que o governo de Nicolás Maduro não cumpriu suas promessas de abrir um processo democrático, como acordado em outubro com a oposição. Apesar disso, os Estados Unidos deixaram a porta aberta para o diálogo com Maduro, buscando uma abordagem pragmática para reiniciar o processo democrático na Venezuela.

Impacto nas empresas e na economia venezuelana

A licença 44 foi essencial para permitir que empresas indianas e chinesas comprassem petróleo e gás venezuelano sem violar as sanções dos EUA. No entanto, as autoridades americanas afirmaram que a licença não era um caminho para investimentos na Venezuela.

O país, apesar das sanções, registrou um crescimento considerável na produção de petróleo após anos de colapso econômico. O ministro do Petróleo venezuelano, Pedro Tellechea, afirmou que o país está preparado para lidar com as novas sanções e que continuará a crescer, independentemente das restrições impostas pelos Estados Unidos.

Histórico das sanções e suspensão temporária em 2023

As sanções contra a Venezuela foram inicialmente impostas em agosto de 2017, atingindo o setor financeiro do país. Em janeiro de 2019, as medidas se estenderam ao setor de petróleo e gás, após o reconhecimento de Juan Guaidó como presidente interino.

Em outubro de 2023, o governo Biden suspendeu amplas sanções econômicas em apoio a um acordo para eleições livres e justas. No entanto, em resposta à desqualificação da candidatura da oposição María Corina Machado, as sanções foram reativadas em janeiro de 2024.

O restabelecimento das sanções ao setor petrolífero da Venezuela pelos Estados Unidos marca uma nova fase nas relações bilaterais e tem repercussões significativas para a economia venezuelana e o mercado global de energia. Enquanto isso, o governo venezuelano reitera sua determinação em enfrentar os desafios e continuar seu crescimento econômico, apesar das restrições impostas. O futuro das relações entre os dois países e o impacto dessas medidas na economia global permanecem em foco.

Maduro reafirma resiliência venezuelana diante das ameaças dos EUA

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, reafirmou a resiliência de seu país diante das ameaças dos Estados Unidos, declarando que seu governo está determinado a progredir e prosperar.

Fonte: Petrosolgas