Redução dos investimentos da Petrobras adia leilão de gasoduto

Redução dos investimentos da Petrobras adia leilão de gasoduto

Em meio à desaceleração dos investimentos da Petrobras no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), o governo decidiu adiar o leilão do gasoduto Itaboraí-Guapimirim, a primeira licitação de um gasoduto sob regime de concessão do país.

A concorrência estava marcada inicialmente para junho deste ano, mas terá seu cronograma reavaliado, informou a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A postergação da licitação foi decidida após a Petrobras comunicar ao Ministério de Minas e Energia (MME) que só demandará o serviço de transporte do empreendimento a partir de outubro de 2017, e não mais em agosto de 2016, conforme previsto no termo de compromisso originalmente assinado pela empresa.

A Petrobras contratou, sozinha, toda a capacidade de transporte do gasoduto Itaboraí-Guapimirim. O projeto Itaboraí-Guapimirim visa escoar o gás das futuras unidades de processamento de gás natural (UPGNs) do Comperj até o gasoduto Gasduc 3. Diante da redução do ritmo das obras no Comperj, havia o temor de que o gasoduto a ser leiloado, de apenas 11 quilômetros, ficasse pronto antes das unidades.

Conforme a ANP, novo cronograma deve ser divulgado nos próximos dias, incluindo novos prazos para inscrição das companhias interessadas. Pelo calendário original, a data limite para inscrições vencia no próximo dia 10 de abril. O Valor apurou que companhias como as espanholas Abengoa e Gas Natural Fenosa, as brasileiras Cosan e JMalucelli e empreiteiras de menor porte como as paranaenses Pattac e Construtora Elevação são algumas das empresas que têm monitorado de perto as primeiras fases da licitação do projeto Itaboraí-Guapimirim.

A transportadora que arrematar a concessão do gasoduto Itaboraí-Guapimirim terá de investir, ao todo R$ 112,32 milhões.

Fonte: Valor Econômico/André Ramalho | Do Rio