Ação envolve cerca de 60 países e tem como foco principal o combate à poluição marítima

A empresa pública Portos do Paraná informa que compartilha com a Polícia Federal os dados obtidos nos 27 programas de monitoramentos ambientais. As informações colaboram com a operação “30 Days at Sea 3.0” (30 Dias no Mar) da International Criminal Police Organization – INTERPOL.

Segundo a Portos do Paraná, na útima sexta-feira (19), peritos criminais e agentes da Polícia Federal no Paraná, sob a coordenação do delegado chefe da Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente e o Patrimônio Histórico, Felipe Hayashi, estiveram no Porto de Paranaguá para receber informações e conhecer algumas operações de rotina, que estão entre as monitoradas pela Diretoria de Meio Ambiente da Portos do Paraná.

“Além de fornecer os dados brutos de monitoramentos ambientais, para que possam cruzar os dados com outras ações nas quais estão envolvidos, também colaboramos mostrando como a Portos do Paraná realiza as suas fiscalizações de rotina com o objetivo de evitar a contaminação do mar”, afirmou o diretor de Meio Ambiente da Portos do Paraná, João Paulo Ribeiro Santana.

Operação

A Interpol, por meio do “Pollution Crime Working Group” (PCWG) deu início a essa modalidade de ação global no ano de 2018, sendo esta a terceira operação internacional, cujo planejamento iniciou-se em 2020. O Brasil, junto com países das Américas do Norte, Central e do Sul, Europa, Ásia-Pacífico, África e Oriente Médio, está executando a operação “30 Days at Sea 3.0” durante este mês de março.

Além da Polícia Federal, também estão envolvidos na ação, no Paraná, a Marinha, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e ICMBio. Além da Portos do Paraná, no Estado, ainda cooperam com a ação o Instituto Água e Terra (IAT), a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e a Sanepar.

Porto

No Porto de Paranaguá, foram três os focos de interesse da Polícia Federal. Primeiro, o grupo acompanhou a operação de retirada de fertilizantes de um navio, verificando a disposição de meios de se evitar a queda de grãos na água. Também conferiram a proteção de bocas de lobo durante essa descarga, para que o fertilizante que eventualmente caia ao chão, possa ser varrido e não seja carreado para dentro das galerias de drenaguem pluvial. Na segunda ação, acompanharam a remoção de resíduos sólidos de um navio que descarregava no cais. Na sequência, acompanharam a atividade de monitoramento da água de lastro de uma outra embarcação que carregava granéis sólidos para exportação.

A Portos do Paraná executa diariamente, desde 2014, o Programa de Verificação do Adequado Gerenciamento da Água de Lastro, em cumprimento a NORMAM- 20/DPC da Marinha Brasileira, na qual estabelece as diretrizes para o gerenciamento da água de lastro dos navios, em acordo com a Convenção Internacional para o Controle e Gerenciamento da Água de Lastro e Sedimentos dos Navios (da Organização Marítima Internacional – IMO).

Foto: Claudio Neves-Portos do Paraná