Petróleo sobe com sinais do DoE de aumento da demanda por gasolina e destilados

Petróleo sobe com sinais do DoE de aumento da demanda por gasolina e destilados

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta na quarta-feira, dia 9, após dados do Departamento de Energia (DoE) dos EUA sinalizarem aumento da demanda por gasolina e diesel.

De acordo com o relatório semanal do DoE, os estoques de gasolina nos EUA caíram 4,526 milhões de barris na semana passada, mais do que a queda de 1,5 milhão de barris prevista, enquanto os estoques de destilados diminuíram 1,119 milhão de barris, mais que a estimativa de recuo de 500 mil. Os números foram vistos como sinais positivos sobre a demanda e surpreenderam os operadores, disparando uma onda de compras, mesmo com o aumento de 3,88 milhões de barris nos estoques de petróleo bruto e a leve alta na produção diária dos EUA.

“Parece que tivemos um salto na demanda, de cerca de 20 milhões de barris por dia”, afirmou Bart Melek, chefe de estratégia para commodities da TD Securities, em Toronto. “No geral, acho que isso o relatório é positivo para o petróleo.”

O WTI para abril subiu US$ 1,79 (4,90%) na Nymex, para US$ 38,29 por barril, o fechamento mais alto desde 4 de dezembro. O Brent para maio avançou US$ 1,42 (3,58%) na ICE, para US$ 41,07 por barril, também o fechamento mais alto desde 4 de dezembro.

Os ganhos foram os últimos de um rali que tem sido forte há quase um mês. Existem sinais de que o excesso de perfuração de poços ao redor do mundo está diminuindo e há esperança de um acordo para congelamento da produção entre os principais países produtores. Hoje circularam relatos de que o vice-ministro do Petróleo do Iraque, Fayadh Nema, teria afirmado que uma reunião sobre isso acontecerá no próximo dia 20.

“Existe razão para ser otimista, apesar de ainda haver muito petróleo estocado”, comentou Tim Pickering, presidente da Auspice Capital Advisors. “É possível enxergar os fatores certos que podem levar a equação entre oferta e demanda ao equilíbrio novamente.”

A queda nos estoques de gasolina e destilados nos EUA ocorre ao mesmo tempo que a produção diminui em países como Nigéria e Iraque por causa de ataques a oleodutos, segundo analistas. Além disso, o Irã não está conseguindo colocar tanto petróleo quanto pretendia no mercado, destacou John Saucer, vice-presidente de pesquisa e análise do Mobius Risk Group em Houston.

“A narrativa está mudando”, disse Saucer. “As pessoas estão começando a ser um pouco mais receptíveis à ideia de que as coisas não estão tão terríveis quando se temia em janeiro”, afirmou.

Fonte: Dow Jones Newswires