Petrobras adia lançamento de segunda unidade da Refinaria Abreu e Lima

Petrobras adia lançamento de segunda unidade da Refinaria Abreu e Lima

Empresa também reduziu atividades do Comperj e cancelou as refinarias Premium I e Premium II

Após reduzir as atividades do Comperj e cancelar as refinarias Premium I e Premium II, a Petrobras não tem mais data definida para lançar a segunda unidade da Refinaria Abreu e Lima, a Rnest, em Pernambuco. A previsão inicial para o lançamento era maio de 2015 com capacidade de processar 115 mil barris por dia.

– A Rnest está em função da revisão dos contratos. E não temos uma data para o segundo trem da Rnest. A baixa das refinarias Premium I e Premium II afeta o resultado de Comperj e Rnest – disse José Carlos Cosenza, diretor de Abastecimento. – Um dos motivos para o cancelamento das Premium I e Premium II é a reduçao de mercado que estamos prevendo – acrescentou.

Ao responder a uma das perguntas de um dos analistas, a presidente da Petrobras, Graça Foster, frisou que ativos terão baixa, se for preciso:

– Se necessário, vamos dar baixa, sim (nos ativos) em que acharmos que é correto fazer. Além das sinergias que são valiosas, nós vamos dar baixa, sim – disse ela. – Estamos trabalhando desesperadamente desde o dia em que passamos do prazo de entregar o relatório auditado – complementou.

Graça Foster destacou o custo com as contratações de empresas no Brasil e no exterior para apurar os casos de corrupção:

– O custo é de R$ 150 milhões. A investigação pode levar de um a dois anos. Quem sabe, um pouco mais – disse.

Plano de negócios

A Petrobras só deve lançar o Plano de Negócios 2015-2019 no final do primeiro semestre deste ano. Segundo Graça, a essência desse plano é a revisão do crescimento da Petrobras.

– Em 2014, levamos em fevereiro o Plano de Negócios e Gestão (PNG) e o Plano de 2030. Supomos que no fim do primeiro semestre vamos ter mais certeza de variáveis como câmbio e Operação Lava-Jato. Seria prematuro apresentar um PNG tão cedo – disse Graça.

A presidente da estatal explicou que a essência do plano é a revisão do crescimento da Petrobras.

– A Petrobras revê seu crescimento e tem mais espaço em 2016 e 2017 e evitar contratar mais dívidas. Se a área de exploração era prioritária, hoje ela toma uma dimensão maior. É prioritária e seletiva. Projetos de menor atratividade vão para o final da fila. A essência é a revisão do crescimento da Petrobras nos próximos anos – afirmou.

Fonte: O Globo