Nota da Sete Brasil é reduzida novamente pela agência S&P

Nota da Sete Brasil é reduzida novamente pela agência S&P

A agência Standard & Poor’s rebaixou novamente a nota de crédito da Sete Brasil, principal parceira da Petrobras na exploração do pré-sal.

A nota da empresa passou de BB- para B- –ambas estão no grau especulativo, ou seja, em que o risco de calote é considerado maior. Em fevereiro, a S&P já havia rebaixado a nota da Sete Brasil.

Segundo a Standard & Poor’s, a decisão é consequência das dificuldades da Sete de garantir financiamentos de longo prazo.

“Os bancos têm restringido financiamentos em função do maior escrutínio e das condições mais restritivas para financiar fornecedores da Petrobras , tais como a Sete, tendo-se em vista as atuais investigações sobre corrupção na Petrobras.

Reportagem da Folha na sexta-feira (13) mostrou que, com medo da Operação Lava Jato, o BNDES não quer mais financiar diretamente a Sete Brasil e pretende repassar o risco da operação para as instituições financeiras que já são credores da companhia.

Em vez de emprestar US$ 9 bilhões diretamente à Sete, como prometeu quando o projeto foi criado, o BNDES agora pretende transferir esses recursos aos bancos para que eles financiem a companhia. Assim, se o empreendimento fracassar, a perda ficará com os bancos.

Aposta de Dilma

Uma das apostas mais ambiciosas do governo da presidente Dilma Rousseff, a Sete foi criada em 2011 pela Petrobras para construir e depois alugar 28 sondas de perfuração para a Petrobras.

Orçado em US$ 25 bilhões, o empreendimento atraiu sócios de peso: Bradesco, BTG Pactual, Santander, FI-FGTS, Previ e Funcef, os fundos de pensão do Banco do Brasil e da Caixa, que já investiram R$ 8,3 bilhões.

Com a demora do BNDES, a Sete vem atrasando pagamentos há cinco meses, comprometendo a construção das sondas. Os atrasos somam US$ 900 milhões.

Fonte: Folha de São Paulo