Nível do Rio Negro em Manaus atinge cota de emergência

Nível do Rio Negro em Manaus atinge cota de emergência

O nível do Rio Negro ultrapassou a marca de 28,94 metros, considerada de emergência, e alcançou a faixa de alerta para inundações nesta quinta-feira (22) em Manaus, segundo o Serviço Geológico do Brasil (CPRM). A cota na régua situada no Porto de Manaus, área central da cidade, já chegou a 28,99 metros. O superintendente do órgão, Marco Antonio Oliveira informou que o nível do rio deve continuar subindo até meados de junho. Em todo o Amazonas, 33 mil famílias são afetadas pela cheia dos rios.

O primeiro alerta de cheia divulgado pelo CPRM diz que o Rio Negro deveria chegar à marca de 29 metros no ápice da enchente, no próximo mês. O órgão acredita que o nível das águas deve variar entre 28,79 e 29,49 metros.

“Essa marca representa a cota de emergência pela régua do Porto de Manaus que é calculada em 28,94 metros. Na data de hoje, já superou e o Rio Negro deve continuar subindo pelo próximo mês. A cheia está em evolução e a gente espera que seja uma cheia semelhante a do ano passado”, disse em entrevista à rádio Amazonas FM.

Segundo a medição do Porto de Manaus, o nível do Rio Negro subiu 15 centímetros nos últimos quatro dias. No dia 22 do mês passado, a cota estava em 27,66 metros, 1,33 metros a menos do que o registrado nesta quinta.

Em 2012, Avenida Eduardo Ribeiro, localizada no Centro de Manaus, ficou submersa pelas águas (Foto: Tiago Melo/G1 AM)

Em 2012, parte da Avenida Eduardo Ribeiro, no Centro, ficou submersa pelas águas (Foto: Tiago Melo)

De acordo com a Defesa Civil, ao menos 12 bairros de Manaus devem ser atingidos pela cheia do Rio Negro este ano. No Centro, as vias que podem ser afetadas pela subida das águas são a Barão de São Domingos, Barés, Eduardo Ribeiro, Floriano Peixoto, Guilherme Moreira e Andradas. O órgão informou que montou um plano de enfrentamento da cheia no Centro que inclui prevenção ao risco de contaminação pelas águas das tubulações de esgoto; controle de pragas; obras de mobilidade como passarelas; além do monitoramento e desvios de rota de ônibus, de acordo com a subida das águas e ruas atingidas.

O superintendente do CPRM acredita que avenidas como a Eduardo Ribeiro, uma das principais vias do Centro, não sejam afetadas pela cheia devido aos transbordamentos das galerias. Segundo Marco Antonio Oliveira, pontos como Alfandega, na rua Tamandaré, e Mercado Municipal, situado na Rua dos Barés, correm riscos de inundações apenas quando a cota é superior a 29,50m. “Até o momento ainda não temos um cenário para alagamento do centro da cidade”, disse.

Interior

Um balanço divulgado nesta quarta-feira (21), aponta que 33.358 mil famílias e 167.863 mil pessoas já foram afetadas pela enchente dos rios no Amazonas. Dois municípios registraram estado de calamidade pública e 25 de emergência. Segundo o Governo do Estado, 400 toneladas de alimentos já foram enviadas aos municípios atingidos.

Fonte: Brasil Digital/G1/AM