MPT investiga condições de trabalho em plataforma da Petrobras

MPT investiga condições de trabalho em plataforma da Petrobras

O Ministério Público do Trabalho (MPT) abriu ontem inquérito para investigar a operação da plataforma P-62 da Petrobras, localizada no campo de Roncador na Bacia de Campos (RJ), que iniciou atividades pela primeira vez na semana passada.

A estrutura, que tem capacidade para abrigar 162 trabalhadores, foi interditada em março, pelo Ministério do Trabalho, devido a irregularidades em segurança — e chegou a sofrer um incêndio em janeiro.

Segundo informações do MPT, ao abrir a investigação, a procuradora Junia Bonfante acatou pedido do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), que levantou dúvidas em relação às condições de operação da plataforma. O inquérito não tem prazo para resolução, informou o ministério.

O anúncio do início de operação da P-62 foi feito pela própria presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, no dia 12 de maio, quando a executiva comentava os resultados da companhia no primeiro trimestre em teleconferência.

A P-62, instalada em profundidade de água de 1,6 mil metros, é parte integrante do projeto Módulo 4 do campo de Roncador. Nela são interligados 22 poços, sendo 14 produtores de óleo e gás e 8 injetores de água.

Do tipo FPSO (unidade que produz, armazena e transfere petróleo, na sigla em inglês), a unidade tem capacidade para processar diariamente até 180 mil barris de petróleo e 6 milhões de metros cúbicos de gás natural.

Fonte: Valor – Alessandra Saraiva