Ministério da Infraestrutura aprova novo PDZ do Porto de Santos, SP

Ministério da Infraestrutura aprova novo PDZ do Porto de Santos, SP

Plano de Desenvolvimento e Zoneamento elevará a capacidade do complexo santista em aproximadamente 50% até 2040

O Ministério da Infraestrutura (Minfra) aprovou o novo Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do Porto de Santos, no litoral de São Paulo. A assinatura do documento permitirá a modernização do porto ao planejar estrategicamente a ocupação das áreas públicas pelos próximos 20 anos. Segundo o Minfra, a concretização do PDZ elevará a capacidade do complexo santista em aproximadamente 50% até 2040, atingindo 240,6 milhões de toneladas.

O novo PDZ foi elaborado ao longo do último ano pela Santos Port Authority (SPA), autoridade portuária que administra o cais santista. O documento atualiza a versão de 2006 com a intenção de dar vazão ao escoamento das cargas identificadas no Plano Mestre, instrumento de planejamento macro do Minfra, publicado em abril de 2019.

Segundo o Minfra, o novo PDZ prevê a movimentação de 100% das cargas da região de influência do Porto, a consolidação de áreas para a clusterização de cargas e o aumento da participação do modal ferroviário. No aspecto de integração com a cidade, o plano abrange soluções para interferências de acessos rodoferroviários e destinação do cais do Valongo à movimentação de passageiros em navios de cruzeiro.

O novo plano será implantado imediatamente, com as alterações de tipologia de carga realizadas à medida que os atuais contratos terminarem. Haverá novos arrendamentos, expansão de áreas, além da ampliação do modal ferroviário.

A estimativa é que sejam necessários R$ 9,7 bilhões entre os próximos cinco e dez anos, divididos em investimentos em terminais com contratos vigentes (R$ 2,5 bilhões), investimentos previstos em oito novos arrendamentos a serem realizados a partir de 2021 (R$ 5,2 bilhões) e obras de acessos rodoferroviários (R$ 2 bilhões).

A SPA projeta a criação de 58 mil empregos nos próximos cinco anos, sendo 19,3 mil diretos, 9 mil indiretos e 29,7 mil efeito-renda. Além disso, a ampliação de capacidade e movimentação resultará em ao menos 2,4 mil novos empregos diretos nos terminais, um incremento de 15% sobre a base atual, saindo de 16,1 mil trabalhadores para 18,5 mil – incluídos na conta os trabalhadores vinculados aos terminais portuários e avulsos escalados pelo Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo).

Cargas

As instalações destinadas a contêineres terão um dos maiores crescimentos de capacidade entre todas as cargas. A previsão é ter uma alta de 64%, saindo de 5,4 milhões de TEUs (contêiner padrão de 20 pés) para 8,7 milhões de TEUs, com um novo terminal dedicado na região do Saboó. Além disso, haverá um aumento de oferta para todos os tipos de carga até 2040.

Segundo dados do Minfra, granéis sólidos vegetais terão alta de 37%, para 95,3 milhões de toneladas; os granéis líquidos terão uma ampliação de 40%, para atingir cerca 22,4 milhões de toneladas; os granéis minerais de descarga devem ter um aumento de 74%, somando 16,5 milhões de toneladas. Já a celulose terá um crescimento de 49%, indo para 10,5 milhões de toneladas. O novo PDZ contempla dois berços de atracação para descarga direta, entre a Alemoa e o Saboó.

Ferrovias

O novo PDZ prevê um aumento da participação do transporte por ferrovias. A movimentação prevista para o modal em Santos deve crescer 91%, atingindo 86 milhões de toneladas, elevando a fatia dos trilhos no porto de atuais 33% para 40%.

Fonte: G1 Santos / Foto: divulgação – Imagem área do Porto de Santos