Lockdown e toque de recolher: Brasil luta para conter o avanço da Covid-19

Lockdown e toque de recolher: Brasil luta para conter o avanço da Covid-19

Entre as medidas adotadas pelos governantes dos Estados, estão o toque de recolher, restrição a serviços não essenciais, além do lockdown total

Diante do avanço da pandemia do Covid-19 no Brasil, os governantes de 13 estados e o Distrito Federal resolveram endurecer as medidas de restrição referentes ao deslocamento da população e a utilização de serviços públicos e privados.

As novas ações vão desde mudanças de horários de circulação de pessoas e revisão dos planos de flexibilização até decretos como o fechamento de escolas, comércios, parques e praias.

O Brasil enfrenta aumento expressivo de casos confirmados (10.587.001) da doença e contabiliza 255.720 mortes pela Covid-19, segundo último boletim divulgado nesta segunda-feira (1), pelo Ministério da Saúde. Há ainda 9.457.100 brasileiros recuperados e outros 874.181 seguem em acompanhamento médico.

A maior preocupação é referente a ocupação máxima de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI), nos hospitais públicos e privados de todo o país. Nos próximos dias, novas restrições devem ser impostas pelos governadores de São Paulo, Bahia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, entre outros, na tentativa de impedir o colapso generalizado do sistema de saúde.

Pior situação nos Estados

Na lista de estados com mais mortes estão São Paulo (59.546), Rio de Janeiro (33.093), Minas Gerais (18.598) e Rio Grande do Sul (12.4700). As unidades da Federação com menos óbitos são Acre (1.012), Roraima (1.100), Amapá (1.142), Tocantins (1.532) e Rondônia (2.870).

Vacinas

O Covax, programa apoiado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), anunciou nesta terça-feira (2), que entregará 237 milhões de doses do imunizante contra covid-19 da AstraZeneca a 142 nações até o fim de maio, uma vez que tem conseguido acelerar a distribuição global. O cronograma para entrega das doses, feitas pela AstraZeneca e pelo Instituto Serum da Índia, se dividirá em dois agendamentos de dois meses, informou o Covax em comunicado, sendo o primeiro no período de fevereiro a março e o segundo, de  abril a maio.

O Instituto Butantan informou que vai concluir a entrega de 100 milhões de doses da vacina CoronaVac contra a covid-19 ao Ministério da Saúde até o dia 30 de agosto deste ano. O Governo do Estado de São Paulo comunicou que há previsão de chegada da Ásia de mais 8 mil litros do chamado IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo), a matéria-prima, capaz de produzir 14 milhões de doses. A meta do governo paulista é, a partir de dezembro, fabricar todo o processo da vacina em território nacional, sem depender de insumo da China.

Até o momento, o Brasil chegou aos 6,3 milhões de pessoas vacinadas contra a covid-19.