Braskem reavalia projeto nos EUA

Braskem reavalia projeto nos EUA

A petroquímica Braskem e a Odebrecht, que é a maior acionista individual da companhia, estão rediscutindo os planos de construção de um complexo integrado de produção de polietileno a partir de gás de xisto, o chamado Projeto Ascent, nos Estados Unidos. O objetivo do empreendimento é aproveitar a oferta de matéria-prima barata para produção petroquímica, após a revolução do gás de xisto;

De acordo com a companhia brasileira, “em virtude da nova realidade dos preços globais de petróleo e de polietileno, novos cenários estão sendo incorporados na análise do projeto Ascent”, conforme informado na divulgação de resultados de 2014.

Ao Valor, a Braskem informou ainda que, diante disso, os estudos de viabilidade tomarão mais tempo do que o inicialmente previsto. De acordo com o site americano “Columbus Business First”, em nota conjunta, Braskem e Odebrecht destacaram que, diante do cenário atual de energia, a configuração original do projeto no Estado da Virgínia Ocidental terá de ser reavaliada, em trabalho que já foi iniciado. Mas ressalvaram que o empreendimento não foi cancelado.

No início do ano passado, o presidente da Braskem, Carlos Fadigas, afirmou que a petroquímica poderá ter uma participação minoritária no projeto integrado de produção de polietileno a partir de gás de xisto. Naquela época, a Odebrecht Ambiental era o primeiro e principal investidor do projeto e a expectativa era a de início da última etapa do projeto de engenharia no segundo semestre. O complexo petroquímico, se levado adiante, entrará em operação perto do fim da década.

Os planos de utilização de gás de xisto como matéria-prima foram anunciados em novembro de 2013, pelo grupo Odebrecht, por meio da Odebrecht Ambiental. A Braskem já produz outro tipo de resina nos Estados Unidos, o polipropileno, com capacidade instalada total de 1,5 milhão de toneladas por ano, em cinco fábricas.

Fonte: Valor Econômico/Stella Fontes | De São Paulo