O SINCOMAM esteve presente, em outubro de 2023, no debate promovido pelo projeto Diálogos RJ do jornal O Globo. Durante o evento, foi discutido o futuro de oportunidades que podem se desenvolver nas águas do litoral Fluminense, que além do petróleo vão do turismo até a produção de energia a quilômetros da costa.

Autoridades, organizações, empresas e especialistas participaram dos painéis sobre a economia azul. O secretário estadual de Energia e Economia do Mar, Hugo Leal, expôs a existência de um projeto para a instalação de 11 fazendas de energia eólica offshore no Rio. Uma delas seria em Cabo Frio e a outra na região do Porto do Açu, no Norte Fluminense.

— Estudos apontam que o Rio de Janeiro, o Rio Grande do Norte e o Rio Grande do Sul são os estados com
mais potencial para essa geração de energia no Brasil.

Pescaria de potenciais

Não faz muitos anos, a construção naval sofreu uma desaceleração em meados da década passada. Mas o Rio ainda é o atracadouro de 19 estaleiros, e o horizonte se desenha mais promissor, a começar pelas previsões do Novo PAC.

Relançado pelo governo federal em agosto, o programa estima R$ 342,6 bilhões em investimentos ligados ao Rio, sendo R$ 220,7 bilhões (64%) apenas no eixo transição e segurança energética, boa parte destinada a 16 novas plataformas para produção de petróleo e gás.

“Precisamos estar preparados, inclusive, com mão de obra qualificada, para aproveitar essas demandas”,
disse Hugo Leal.

Não deixar passar as correntes propícias em outro ramo da economia do mar, o da pesca, também é uma trajetória importante para o estado, afirma o secretário. Atualmente, ele lembra que as bases mais artesanais do setor predominam no Rio. No entanto, há um enorme espaço para ampliar a industrialização da atividade. Até porque, ressalta Leal, os mares fluminenses são fartos, e não à toa são explorados por empresas de outros estados.