Petrobras suspende contratos de manutenção de plataformas e atinge 4.500 trabalhadores

Petrobras suspende contratos de manutenção de plataformas e atinge 4.500 trabalhadores

O efeito dominó detonado pela pandemia do coronavírus está derrubando, peça a peça, os personagens do setor de óleo e gás. Desta vez, quem sofreu o tombo – e severo, por sinal – foi o segmento de manutenção multidisciplinar de plataformas. A Petrobrás decidiu desmobilizar as atividades de manutenção destas unidades e suspender os contratos relacionados, já como reflexo da queda do preço do barril de petróleo e da pandemia da Covid-19. Com a medida, fontes consultadas pelo Petronotícias contabilizaram que pelo menos 4.500 funcionários foram desmobilizados de seus postos de trabalho.

A nossa reportagem apurou que a estatal pediu que cada uma das empresas que prestam os serviços de manutenção mantivessem embarcado apenas um pequeno grupo, formado entre 10 e 15 profissionais, para atender às necessidades emergenciais das plataformas. Sob esta determinação da Petrobrás, as companhias de manutenção desmobilizaram, ao longo das duas últimas semanas de abril, um grande contingente de profissionais que estava trabalhando nas embarcações.

A paralisação desses contratos afetou uma série de prestadoras de serviços, sendo algumas das principais listadas a seguir:

1 – Estrutural – 300 trabalhadores

2 – CSE/Aker – 350 trabalhadores

3 – Cobra – 500 trabalhadores

4 – MotaEngil – 700 trabalhadores

5 – Vince/Actemium – 900 trabalhadores

6 – Imetame – 700 trabalhadores

Além destes, a Petrobrás também paralisou os contratos com as embarcações de apoio envolvidas nas atividades de manutenção, as chamadas Unidades de Manutenção e Segurança (UMS). Em tempos de corte de gastos para sobreviver aos tempos hostis, a Petrobrás estaria pagando somente o combustível para a mínima manutenção dessas UMS, além de manter uma equipe de preservação.

Segundo dados disponibilizados pela própria Petrobras, cada UMS tem uma força de trabalho por turma que pode variar, em média, entre 500 e 600 profissionais. Ainda segundo informações disponibilizadas pela estatal, cada unidade do tipo pode gerar entre mil e 1,5 mil empregos diretos, considerando que os profissionais trabalham em regime de escala de embarque. As embarcações abrigam profissionais de diferentes áreas – como mecânica, elétrica, manutenção de peças e equipamentos, hotelaria, movimentação de cargas, caldeiraria e pintura industrial.

Fonte: Petronotícias