
Operação Pantanal: Forças Armadas atuam no monitoramento dos focos de incêndio
Monitoramento se dá por via satélite, terrestre, drone e sobrevoos de helicópteros
A Marinha do Brasil informou que, após quase três meses de atuação, a força-tarefa de combate aos focos de incêndio no Pantanal concentrará suas ações no monitoramento das áreas que foram atingidas e que apresentam focos controlados: Serra do Amolar, Rabicho, Estrada Parque até o Porto da Manga e no Passo do Lontra, Buraco das Piranhas, Parque do Rio Negro, Fazenda Santa Teresa, Poção, Fazenda Bodoquena e terras indígenas.
As ações reúnem esforços da Marinha do Brasil (MB), Exército Brasileiro, Corpos de Bombeiros de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Distrito Federal, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) e Força Nacional, bom como de entidades civis e voluntários em geral.
Militares, bombeiros militares e brigadistas revezam-se a cada cinco dias para o trabalho de ronda e monitoramento por vias terrestres. O monitoramento se dá, ainda, por satélites, drones e sobrevoos de helicópteros da MB. “Alguns pontos de incêndios são monitorados por até 48 horas, de forma a garantir que estejam controlados. A equipe auxilia, também, o combate em áreas pontuais onde o Corpo de Bombeiros atende chamados de incêndios”, disse a Marinha, em nota.
A Marinha acrescentou que, em Mato Grosso, os fuzileiros navais e bombeiros militares permanecem no combate aos focos, na região do Parque Nacional do Pantanal mato-grossense.
Chuvas
A Chuva que atingiu região do Pantanal durante a semana reduziram bastante o número de focos de incêndio na região. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), todos os focos de queimadas localizadas foram em Corumbá, região mais afetada pelo fogo, que já registrou 7,936 mil focos no Pantanal desde o início deste ano.
A partir do dia 15 deste mês os pontos de calor no Pantanal de Mato Grosso do Sul diminuíram, quando nenhum foco foi identificado pelo satélite de referência do Inpe. Neste dia, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou volume de 1,4 milímetros de chuva em Corumbá.
Em 2020 foram registradas 20.846 mil focos de incêndio no Pantanal, aumento de 219% em comparação com o mesmo período de 2019. De acordo com Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ), 26% do bioma foi consumido pelo fogo este ano. A Área queimada representa 4.117 mil hectares em todo o bioma. No Pantanal de Mato Grosso do Sul, o total é de 1.902 hectares e em Mato Grosso foram 2.215 mil hectares destruídos pelo fogo.
Foto: divulgação MB