
Nova droga experimental contra ebola é testada na Libéria
Medicamento foi produzido pela Universidade de Oxford
Começaram nesta semana testes de uma nova droga experimental contra ebola na Libéria. O antiviral “brincidofovir” está sendo aplicado a voluntários em um centro da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF). Pacientes que não desejam receber o remédio são tratados com o procedimento padrão.
A nova droga foi desenvolvida por cientistas da Universidade de Oxford nos últimos meses. Os primeiros resultados são esperados ainda para o início deste ano. Outro estudo envolvendo um medicamento similar, o “favipiravir”, começou na Guiné em dezembro passado.
Apesar de a ciência já ter desenvolvido uma série de drogas experimentais desde o início do surto, nenhuma receita até o momento provou ser eficaz contra o vírus. A produção desses medicamentos foi estimulada a partir de um enorme esforço de entidades internacionais, liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e a MSF, em parceria com laboratórios e empresas farmacêuticas.
Cientistas dizem que o “brincidofovir” foi escolhido porque demonstrou ser eficaz contra as células infectadas por ebola em laboratórios. A droga também apresentou resultados satisfatórios em mais de mil pacientes suspeitos de terem algum tipo de virose. Os pesquisadores pretendem recrutar mais de 100 pessoas na Libéria. Eles acompanharão as taxas de mortalidade antes e depois da introdução do medicamento.
A outra droga antiviral, favipiravir, que está sendo testada pelo Instituto Nacional de Saúde da França, já é utilizada para tratar a gripe. Ela é oferecida a todos os pacientes que recebem atendimento no centro de tratamento da MSF em Gueckedou, na Guiné, e os primeiros resultados são esperados dentro de alguns meses.
Mortes
O número de mortos pelo surto, que foi confinado à África Ocidental, subiu para 7.905, segundo a OMS. Foram registradas 317 novas mortes desde a última divulgação de dados, em 24 de dezembro.
Cafferkey é a primeira pessoa diagnosticada com ebola na Grã-Bretanha
O estado da enfermeira britânica em tratamento para ebola em Londres é crítico, após sua saúde ter piorado nos últimos dois dias, informou um hospital neste sábado, por meio de um comunicado. O The Royal Free Hospital vem tratando Pauline Cafferkey com plasma de sangue de um sobrevivente do Ebola e uma droga anti-viral experimental.
Ela foi diagnosticada com a doença na segunda-feira após voltar para a Inglaterra na noite de 28 de dezembro de Serra Leoa, onde ela estava trabalhando.
Fonte: O Globo