Marinha realiza manobra inédita com navio mercante no Pará e amplia capacidade de salvamento na Região Norte
Nas águas do Rio Pará, a Marinha do Brasil realizou um exercício inédito de reboque de navio mercante, envolvendo o gaseiro Jorge Amado e o Navio de Apoio Oceânico (NApOc) Iguatemi. A manobra, marcada pela precisão e complexidade, ampliou a capacidade de salvamento da Força Naval na Região Norte, em rotas críticas para o escoamento de riquezas da Amazônia Azul.
Aspectos técnicos do exercício de reboque
A operação ocorreu nas proximidades da Ilha de Mosqueiro (PA) e exigiu elevado grau de coordenação. O navio gaseiro Jorge Amado, da Transpetro, possui cerca de 100 metros de comprimento e mais de 6 mil toneladas de deslocamento, o que aumentou o desafio para a tripulação do NApOc Iguatemi, que realizou seu primeiro exercício desse tipo desde a incorporação.
Foram avaliadas manobras críticas, como aproximação, engate e condução do reboque, todas executadas com alto nível de segurança. O Capitão de Corveta Marcos Antonio Lage Machado, comandante do Iguatemi, destacou que cada exercício eleva a proficiência da tripulação e garante resposta rápida em cenários reais de salvamento.
Integração entre Marinha e setor marítimo
O caráter inédito da operação foi reforçado pela parceria entre a Marinha do Brasil, a Transpetro e a empresa de praticagem Barra do Pará. Essa integração aproximou ainda mais o Poder Naval da Marinha Mercante, contribuindo para a segurança da navegação em áreas estratégicas do país.
Para o comandante do Jorge Amado, Marcus Vinícius, a atividade mostrou a eficiência da cooperação: “As manobras de aproximação e reboque foram conduzidas com a maior segurança possível, fruto de um planejamento conjunto que demonstrou sinergia entre as equipes”.
O Capitão de Longo Curso Freire, gerente da empresa INGER, também ressaltou que a parceria fortalece os padrões de segurança em águas jurisdicionais brasileiras e deve ser ampliada no futuro.
Importância estratégica para a Região Norte
O NApOc Iguatemi, subordinado ao Comando do 4º Distrito Naval, tem atuação essencial na Região Norte, cobrindo cerca de 11 mil quilômetros de vias fluviais navegáveis e 1,7 milhão de km² de áreas marítimas. A embarcação é projetada para atuar em salvamento marítimo, apoio logístico e segurança da navegação em alguns dos ambientes mais desafiadores do país.
Esse exercício reforça a prontidão da Marinha para atuar em situações de emergência em estados como Amapá, Maranhão, Pará e Piauí, garantindo proteção às rotas de transporte que sustentam a economia regional. Ao longo de 2025, o Iguatemi seguirá em uma agenda de treinamentos, ampliando sua capacidade de resposta em apoio à sociedade e à segurança marítima.
Fonte: Defesa em Foco
