O Programa Fragatas Classe Tamandaré (PFCT), da Marinha, chegou em agosto de 2025 com duas embarcações em fase de testes em Santa Catarina. Uma delas, a fragata Jerônimo de Albuquerque, a segunda da série e que foi batizada no último dia 8 de agosto, passou no dia 26 pela operação de load out, transferência da dique flutuante seguida de imersão controlada até o navio atingir a sustentação na água, sendo levada ao Rio Itajaí-Açu, concluindo o processo de lançamento. A movimentação durou aproximadamente cinco horas e foi considerada satisfatória pela força naval.

Também em agosto, a fragata Tamandaré, a primeira do programa, passou com sucesso pelos primeiros testes de mar na costa de Santa Catarina, com 130 militares e civis a bordo, entre os dias 12, quando deixou o TKMS Estaleiro Brasil Sul, e 19, quando voltou à indústria. No teste, foram validados o desempenho e a integração dos sistemas de propulsão, da geração de energia, do sistema de leme, dos estabilizadores e dos sistemas de navegação.

Além disso, foi avaliada a operação da embarcação em condições normais de viagem, incluindo o funcionamento da cozinha, do sistema de esgoto e do ar condicionado. Segundo a Marinha, as principais avaliações de velocidade e manobrabilidade foram consideradas em conformidade com os requisitos contratuais e aprovadas.

O diretor-geral do material da Marinha, almirante de esquadra Edgar Luiz Siqueira Barbosa, explicou que a produção dos navios no Brasil faz parte do projeto de modernização da frota naval, para garantir a autonomia estratégica, a confiabilidade das operações e fortalecer a proteção do mar territorial brasileiro. “Esse feito não é apenas uma conquista tecnológica. É um estímulo à indústria local, à geração de empregos qualificados, à transferência de tecnologia e à sustentabilidade para a cadeia produtiva naval”, destacou Barbosa.

Fonte: Portos e Navios