A aproximação da Marinha do Brasil com a indústria naval francesa, e as próprias carências dos estaleiros brasileiros determinaram que a HydrOcean, consultoria naval da cidade de Nantes especializada em hidrodinâmica e simulação numérica digital, anunciasse a abertura de uma filial no Rio de Janeiro.

A primeira equipe de engenheiros franceses deverá chegar ao Brasil na segunda quinzena de fevereiro.

A empresa foi criada em 2007 por uma equipe do Laboratório de Mecânica dos Fluidos da Escola Central de Nantes. Valendo-se de ferramentas digitais inovadoras, seus técnicos desenvolveram expertise na simulação dos fenômenos hidrodinâmicos em áreas marítimas, o que permite aperfeiçoar a construção dos cascos das embarcações, bem como influir no projeto visando a economia de energia por parte do navio.

O objetivo do trabalho prestado pela HydrOcean é permitir aos clientes economizar tempo na fase de concepção do barco, diminuir custos de investigação acerca da performance da embarcação e, sobretudo, reduzir os riscos do projeto.

Xangai e Cingapura – A HydrOcean já prestou serviços a diversos estaleiros fora do território francês.

Seus estudos de eficiência energética e economia de combustível para a construção e reforma de navios atenderam armadores e estaleiros na Grécia, Brasil, China, Cingapura e Coréia do Sul – tanto que, em seu atual programa de expansão, a companhia abrirá filiais também em Xangai e em Cingapura, além do Rio.

As simulações numéricas digitais desenvolvidas pela HydrOcean mostraram-se especialmente eficientes na redução do consumo de combustível (em até 10% no caso da reforma de um navio porta-contêineres) e nas emissões de gases nocivos.

Os conhecimentos aplicados pelo corpo técnico da HydrOcean derivam de um campo novo da ciência batizado de Dinâmica dos Fluidos Computacional. Por meio deles é possível examinar rapidamente um grande número de potenciais formas de casco.

Com o intuito de minimizar os riscos de um projeto, a HydrOcean simula o comportamento de um navio (ou de uma grande plataforma marítima de extração de petróleo) em situações de alto risco identificados pelo projetista naval, tais como impactos e manobras extremas.

Fonte: Poder Naval / Foto: ilustrativa