
Fundação da Poli-SP participará do programa nuclear da Marinha
A Amazul – Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A assinou o protocolo de intenções com a FDTE – Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia, ligada à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli), para formação de parcerias, intercâmbio de informações, convênios e acordos de cooperação técnico-científica dentro das áreas de atuação das duas instituições.
A Amazul foi criada em 2013 com o objetivo de promover, desenvolver, transferir e manter tecnologias sensíveis às atividades do Programa Nuclear da Marinha (PNM), do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) e do Programa Nuclear Brasileiro (PNB).
A missão primordial da empresa é viabilizar o desenvolvimento do submarino de propulsão nuclear, tecnologia imprescindível para que o País exerça a soberania plena sobre as águas jurisdicionais brasileiras. Para executar seus projetos e oferecer serviços tecnológicos, a Amazul retém, atrai e capacita recursos humanos de alto nível.
Independência tecnológica
O principal objetivo do programa, desenvolvido pelo Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), é estabelecer a competência técnica nacional para projetar, construir, comissionar, operar e manter reatores do tipo Reator de Água Pressurizada – “Pressurized Water Reactor” (PWR) – e produzir o seu combustível. A tecnologia será empregada na geração de energia elétrica, que para iluminar uma cidade, requer a propulsão naval de submarinos.
A Amazul participa dos projetos do CTMSP, como o Laboratório de Geração de Energia Nucleoelétrica (Labgene), que está sendo construído em Aramar, no município Iperó (SP). Outros projetos estratégicos têm o apoio da Amazul, como o enriquecimento e conversão de urânio e a produção de materiais nucleares.
A Amazul também participa dos projetos a cargo da Cogesn – Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear, como o Estaleiro e Base Naval de Itajaí (RJ), a construção de submarinos convencionais da classe Scorpène e o próprio submarino nuclear.
Na área do Programa Nuclear Brasileiro, a Amazul cooperará com o desenvolvimento de projetos da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), Eletronuclear, Indústrias Nucleares Brasileiras (INB) e Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep). Um dos projetos, a cargo da Cnen, é o desenvolvimento do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), equipamento voltado à pesquisa com a finalidade de produzir radioisótopos, que são a base para os radiofármacos utilizados na medicina nuclear, e fontes radioativas usadas em aplicações na indústria, na agricultura e no meio ambiente.
Fonte: Portos e Navios