
Frota de apoio reuniu 83% de embarques com bandeira brasileira em abril
A frota de apoio marítimo em águas jurisdicionais brasileiras terminou abril com um total de 463 embarcações, 4 unidades a mais do que registradas em março e 29 unidades a mais do que em março de 2024. De acordo com o mais recente relatório da Associação Brasileira das Empresas de Apoio Marítimo (Abeam) e do Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítima (Syndarma), 384 correspondem a unidades de bandeira brasileira e 79 de bandeira estrangeira, na posição de abril de 2025.
Em relação a dezembro de 2015, quando a demanda começou a ser impactada pela retração no setor de petróleo e gás, foram desmobilizadas 208 embarcações de bandeira estrangeira e acrescentadas 117 de bandeira brasileira. Cerca de 91 embarcações, originalmente de bandeira estrangeira, tiveram suas bandeiras trocadas para o pavilhão nacional nesse período.
As embarcações com bandeira nacional representam 83% da frota de apoio offshore, ante 84% em março, enquanto 17% correspondem às embarcações de apoio com bandeiras estrangeiras. Em março, o levantamento Syndarma/Abeam havia identificado 459 embarcações, das quais 386 de bandeira brasileira e 73 de bandeiras estrangeiras. Em janeiro e em fevereiro, também foram 459 embarcações, das quais 382 de bandeira brasileira e 77 de bandeiras estrangeiras.
De acordo com a publicação, a frota em abril era composta por 47% de PSVs (transporte de suprimentos) e OSRVs (combate ao derramamento de óleo), totalizando 216 barcos. Outros 14% eram LHs (manuseio de linhas e amarrações) e SVs (mini supridores), que incluíam a 63 barras. Os AHTS (manuseio de âncoras) somaram 65 unidades no período (14%), enquanto 26 barcos de apoio eram FSVs (supridores de cargas rápidas) e barcos de tripulação (transporte de tripulantes), 25 MPSVs (multipropósito), 19 RSVs (embarcações equipadas com robôs) e 16 PLSVs (lançamento de linhas).
Nem todas as unidades envolvidas na publicação estão em operação, pois o relatório inclui embarcações que podem ou não estar amparadas por contratos, estar no mercado local, em manutenção ou fora de operação. O relatório não considera embarcações dos tipos lanchas, pesquisa, nem embarcações com porte inferior a 100 TPB ou BHP inferiores a 1.000. Os dados foram obtidos em conjunto com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), a Diretoria de Portos e Costas da Marinha (DPC), publicações especializadas e informações das empresas.
A Bram Offshore/Alfanave, do grupo norte-americano Edison Chouest, permanece como a empresa de navegação com mais embarcações em operação, ou aguardando contratação, com 75 unidades (12 estrangeiras), seguida pela CBO, que opera 45 barcos de apoio à bandeira brasileira. A Tranship e a Wilson Sons Ultratug aparecem na sequência com, respectivamente, 25 e 24 barcos de pavilhão nacional em suas frotas. A Starnav aparece com 23 embarcações de bandeira brasileira. Segundo o relatório, a DOF/Norskan (17 de bandeira brasileira e 5 estrangeiras) surge com 22 barras de apoio, seguida pela OceanPact, com 21 unidades.
A frota da Bram/Alfanave, segundo o relatório, conta com 54 PSVs/OSRVs, 12 AHTS, 3 MPSVs e 2 RSVs, entre outras embarcações. A CBO é uma empresa de apoio offshore que, em abril, tinha mais AHTS: 13 embarcações desse tipo, além de 27 PSV/OSRVs e 5 RSVs. A Tranship permanece como a empresa com mais embarcações LH/SV: 22 unidades, seguidas pela Camorim, que tem 15 unidades com essas especificações.
Fonte: Revista Portos e Navios