
CCR Barcas, três anos sem reajuste para os trabalhadores
Após três anos de defasagem salarial, inúmeras reuniões realizadas, diversas mediações no (extinto) Ministério do Trabalho e Emprego e até mesmo um dissídio coletivo, a concessionária CCR BARCAS não apresentou proposta que reponha as perdas inflacionárias deste período, deixando seus marinheiros e chefes de máquinas à deriva. Por esse motivo, no dia 01/04/2019 os Condutores de Máquinas, os Marinheiros de Máquinas e os Marinheiros de Convés aprovaram, através de uma assembleia em conjunto, o Estado de Greve na CCR BARCAS.
O Estado de Greve existe para alertar sobre a iminência de uma eventual paralisação. Paralisação que não ocorreu, até o momento. Isto porque os sindicatos e os profissionais envolvidos reconhecem a relevância dos serviços da CCR BARCAS para a sociedade e os transtornos que uma greve pode gerar.
Os sindicatos não desejam a greve. Ninguém deseja parar de trabalhar. A Greve é o último recurso legal para os trabalhadores defenderem seus interesses, como melhores condições de trabalho. Contudo, nos últimos 3 anos, os passageiros passaram a pagar passagens reajustadas acima da inflação, enquanto os profissionais que os transportam diariamente em segurança nada receberam. Ao contrário, tiveram seus salários reduzidos graças à inflação. Portanto, uma decisão precisa ser tomada. Por trás de cada profissional ali representado, existe uma família que dele depende. Aguardaremos até o próximo dia 23/07/2019, ocasião na qual esperamos que a concessionária apresente proposta minimamente satisfatória, em audiência mediada por um desembargador, dentro do Tribunal Regional do Trabalho.