A Petrobras também precisa dos campos que não são gigantes, diz diretora

A Petrobras também precisa dos campos que não são gigantes, diz diretora

A Petrobras também precisa dos campos que não são gigantes, disse Sylvia Anjos, diretora de Exploração e Produção (E&P) da Petrobras, nesta quarta-feira (14), durante o evento FPSOs Expor 2025, que está sendo realizado no Rio de Janeiro (RJ).

“As três descobertas recentes que ocorreram na Bacia de Santos não são [do tamanho] de Tupi, mas são reservas significativas que já apontam para a nossa reposição de reservas. Com o pré-sal, ficamos acostumados com os bilhões de barris mas, lá atrás, fizemos festa com 300 milhões de barris, 250 milhões de barris… temos que voltar a olhar dessa forma. Temos muito mais a descobrir no Brasil se a gente conseguir viabilizar esses campos economicamente”, disse Anjos.

As três descobertas pela execução são: as duas no bloco Aram, realizadas em março e maio deste ano, nos poços Tortuga Leste ( onde foi detectada a presença de óleo ) e Curaçao Extremo Leste ( onde foi identificada a presença de óleo de excelente qualidade e sem contaminante ), e no poço 9-BUZ-99D-RJS,  perfurado no campo de Búzios , que revelou uma nova acumulação com presença de hidrocarbonetos na zona inferior ao reservatório principal.

“Aram está em uma área que não tem CO₂, mas tem um desafio: o reservatório é bastante profundo e o sal nessa região é menos espesso, mais delgado. Por conta disso, ele acaba sofrendo o peso de rochas mais pesadas. Mas a gente precisa continuar procurando porque o pré-sal não é infinito. Se fosse infinito, a gente vendia tudo e encontrou só com ele. Mas os recursos do pré-sal viabilizam o investimento na própria região e nas outras áreas da companhia”, explicou.

Atualmente, o índice de reserva de reservas (R/P) da Petrobras é de 13,2 anos, segundo Sylvia. “Se esse índice está abaixo dos seis anos, existe grande chance de a empresa ser comprada, como é o caso da bp. E isso acontece porque, em média, um projeto de petróleo e gás leva cerca de sete ou oito anos para entrar na produção. Nós não podemos abrir a mão do que possuímos, como país, de recursos. Nenhum país faz isso”, finalizou o executivo.

Fonte: Revista Brasil Energia