
IMO atende Petrobras e proíbe navegação mercante em duas áreas do pré-sal
A Organização Marítima Internacional (IMO), braço marítimo da Organização das Nações Unidas (ONU) tomou uma iniciativa que favoreceu a Petrobras. A entidade distribuiu duas áreas na região do pré-sal da Bacia de Santos a serem evitadas pela navegação mercante. A concessão foi obtida após cinco anos de argumentação técnica e negociação.
A colaboração também envolveu instituições de pesquisa e precisou da avaliação de 175 países integrantes da IMO para serem aprovados.
O argumento usado pela estatal foi de que a medida aumenta a segurança, minimiza o risco de colisões entre um navio mercante e as plataformas e embarcações offshore na região, e reduz a eventual ocorrência de danos ao meio ambiente e lesões às pessoas.
Existem cerca de 86 áreas com restrições à navegação comercial no mundo e algumas atividades visam proteger como a produção de petróleo. Elas são denominadas ATBAs, do inglês Areas To Be Avoided.
Segundo a Petrobras, a ATBA da Bacia de Santos evita o tráfego marítimo na região produtora, sem causar impactos significativos às principais rotas dos navios mercantes. As Bacias de Campos e do Espírito Santo já possuíam medida semelhante por meio de processos aprovados em 2006 e 2011, respectivamente. Hoje, todas as regiões com produção relevante de petróleo no Brasil possuem este tipo de proteção.
De acordo com a Marinha, há pelo menos 29 rotas identificadas na Bacia de Santos, onde navegam, por mês, em cerca de 200 embarcações mercantes não relacionadas com a exploração e produção de petróleo e gás. Atualmente, há 28 plataformas em operação na área, aprimoradas por cerca de 400 navios especializados.
A medida protege principalmente as plataformas do tipo FPSO, localizadas a uma distância entre 150 e 300 milhas da costa.
Fonte: Revista Brasil Energia