
Karoon inicia processo de farm-out do campo de Neon
A Karoon iniciou o processo de farm-out do campo de Neon, anunciou o CEO, Julian Fowles, durante o webcast de resultados do primeiro semestre de 2025 na última quarta-feira (27). A companhia pretende vender entre 30% e 50% de Neon e espera que um acordo seja feito no final deste ano.
Na apresentação dos resultados, o CEO da Karoon destacou que informou aos participantes que estão interessados no farm-in da área de Neon que a expectativa da companhia é incluir a área de Piracucá no processo.
Os reservatórios de Piracucá estão localizados nos blocos SM-974 e SM-1038, da Bacia de Santos. Estes blocos foram adquiridos pela Karoon no 5º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão (OPC) da ANP .
O processo de farm-out é um dos pré-requisitos para a decisão final de investimento (FID) de Neon acontecer, que está previsto para o segundo semestre de 2026.
Além disso, no 1T26, a companhia decidirá se avançará para a segunda etapa da Fase de Definição – um passo antes do FID. A Karoon dividiu esta fase em três estágios, a fim de mitigar a exposição de capital.
Em entrevista à Brasil Energia , Julian Fowles destacou que o potencial parceiro da companhia em Neon pode ser uma empresa brasileira. “Não as maiores , obviamente, porque acredito que é um projeto muito pequeno para elas, mas temos sim interesse em empresas brasileiras, e também em outras empresas da América do Sul, assim como empresas internacionais que ainda não estão no Brasil”, comentou o CEO.
Sobre o FPSO, em julho , a Karoon informou que concorda com duas unidades potenciais para o projeto de Neon e já iniciou conversas com os proprietários das embarcações. A ideia da companhia é buscar um FPSO com capacidade de cerca de 40 mil bpd para o projeto (campo de Neon e os reservatórios próximos, como Goiá, Neon West e Piracucá).
A companhia também destacou o aumento nas estimativas dos recursos contingentes de Neon. Os recursos 1C (59,8 milhões de bbl), 2C (86,5 milhões de bbl) e 3C (108 milhões de bbl) tiveram altas de 59%, 44% e 21%, respectivamente.
Fonte: Revista Brasil Energia