Estaleiro chinês Jiangnan quer ser parceiro dos gaseiros da Transpetro

Estaleiro chinês Jiangnan quer ser parceiro dos gaseiros da Transpetro

Líder no mercado chinês de construção de navios gaseiros, o Jiangnan Shipyard Group está disposto a formar parcerias com pares no Brasil para participar da licitação da Transpetro de contratação de oito gaseiros. O vice-presidente da empresa, Lin Quingshan, chega ao Brasil no fim do mês para participar de encontros com potenciais parceiros. 

O Jiangnan estará ao lado da WSS Express, seu representante no Brasil. A ideia é prospectar negócios que possam ser desenvolvidos no país, já que o grupo chinês está ciente da intenção do governo brasileiro de que as obras acontecem internamente, com geração de emprego e renda local. 

O diretor Comercial da WSS, Wagner Freitas, disse que existe a possibilidade de formação de uma parceria estratégica, que seria construída com foco na licitação de gaseiros da Transpetro. O desenho vai depender das conversas que ainda vão acontecer. 

O Jiangnan tem visão de longo prazo para o Brasil, mas seu interesse é exclusivamente os gaseiros que uma participação da Petrobras contrata e não qualquer outro tipo de navio. 

Uma das ofertas do estaleiro chinês é o fornecimento de equipamentos complexos para os navios, além do serviço de engenharia de projetos. Ele não pretende, no entanto, entrar diretamente como sócio, participando de consórcios. A ideia é ser mais um colaborador do que um apoio financeiro, por exemplo. O Jiangnan tem a seu favor, sobretudo, uma expertise no segmento de gaseiros. 

A proximidade entre os governos brasileiros e ajuda chinesa, segundo Freitas. “Além disso, a cultura de negócios chinesa e a brasileira se assemelha. São países distantes, mas muito próximos nesse ponto de vista”, disse o executivo, que há 16 anos atua fazendo a ponte entre estaleiros e fornecedores de equipamentos na Ásia e no Brasil. 

Os encontros do Jiangnan com os estaleiros brasileiros vão acontecer durante a feira e a conferência Navalshore, que acontece de 19 a 21 de agosto, no Rio de Janeiro. A estimativa dos organizadores é de que o evento impulsione R$ 12 bilhões em negócios, considerando contratos firmados, parcerias comerciais e conexões entre fornecedores, armadores, estaleiros e instituições do setor. É esperada a presença de 15 mil profissionais da cadeia marítima e offshore.

Fonte: Revista Brasil Energia