Marinha capacita militares no Sistema de Comando de Incidentes (SCI)

Marinha capacita militares no Sistema de Comando de Incidentes (SCI)

Preparar-se para o inesperado é uma das missões centrais da Marinha. Em parceria com órgãos ambientais e empresas privadas, a Capitania dos Portos do Rio de Janeiro (CPRJ) capacitou seus militares nos módulos 100 e 200 do Sistema de Comando de Incidentes (SCI), ferramenta essencial na gestão de emergências. O treinamento visa garantir eficiência, rapidez e integração em situações que exigem resposta imediata.

O que é o Sistema de Comando de Incidentes (SCI) e como ele funciona

O Sistema de Comando de Incidentes (SCI) é um modelo internacionalmente reconhecido de gestão de crises, adotado pelo Plano Nacional de Contingência (PNC) no Brasil. Sua estrutura padronizada permite que múltiplas organizações atuem de forma coordenada, eficiente e hierarquizada durante situações críticas como vazamentos de óleo, desastres naturais, incêndios ou colisões marítimas.

O adestramento promovido pela CPRJ abordou os módulos 100 e 200, voltados para a compreensão da doutrina, estrutura organizacional e princípios operacionais do SCI. Ao dominar esse sistema, os militares estarão aptos a assumir papéis-chave na cadeia de comando, facilitando a articulação entre a Marinha, órgãos ambientais e empresas envolvidas na resposta a emergências.

A importância da atuação integrada entre Marinha, órgãos ambientais e setor privado

O treinamento contou com apoio do Instituto Estadual do Ambiente (INEA) e das empresas OceanPact e EnvironPact, que atuam diretamente na contenção e mitigação de desastres ambientais. Essa sinergia entre os setores público e privado reflete uma tendência crescente na gestão moderna de riscos: a cooperação interinstitucional para garantir respostas rápidas, bem estruturadas e eficazes.

A capacitação também fortalece a cultura de prevenção e preparação, assegurando que todos os agentes envolvidos compreendam suas responsabilidades e estejam alinhados quanto aos procedimentos. Para a Marinha, isso significa ampliar sua capacidade de resposta e atuar como agente coordenador em operações que exigem liderança e capacidade técnica em cenários complexos.

A preparação da CPRJ para o simulado de emergência na Baía de Guanabara

O treinamento integra os preparativos da Capitania dos Portos do Rio de Janeiro para o Simulado de Emergência do Plano de Área da Baía de Guanabara (PABG), previsto para o dia 14 de agosto. O exercício reunirá diversas instituições civis, militares e privadas para testar a resposta coordenada a um cenário simulado de crise ambiental, envolvendo derramamento de óleo e impactos à navegação.

Além de treinar o uso do SCI, a atividade permitirá avaliar o tempo de resposta, a mobilização de recursos e a eficácia das comunicações entre as partes. Para a CPRJ, trata-se de um momento estratégico para consolidar sua posição como autoridade marítima regional e garantir que o entorno da Baía de Guanabara, uma das áreas mais sensíveis do litoral fluminense, esteja preparado para reagir a qualquer eventualidade com profissionalismo e agilidade.

Fonte: Defesa em Foco