
PETROBRAS COLOCARÁ MAIS 5 FPSOS EM OPERAÇÃO EM 2023
Nos últimos cinco anos, a Petrobras colocou em produção 12 novos FPSOs (unidade flutuante de armazenamento e transferência). Hoje, eles representam cerca de 50% da produção mundial, com um volume de 2,74% milhões de barris por dia. A companhia tem 18 novos FPSOs previstos para entrar em operação dentro dos próximos 5 anos, sendo 11 só para o pré-sal. Durante o Energy Talks, promovido pela Agência EPBR, Fabrício Benites Soares, gerente geral de Engenharia de Sistemas de Superfície da Petrobras, comentou sobre a visão da companhia para o futuro dos sistemas de operação.
“Se olharmos as pesquisas de mercado, dos FPSOs que entram no mundo todo, mais da metade representa o nosso portfólio. Nesse momento de mercado competitivo, isso mostra que a gente tem investido”, comentou.
Em 2023, cinco unidades entrarão em operação. A P-71 que está em rampa de produção, o FPSO Anna Nery, que está em fase de preparação offshore para início de produção, assim como o FPSO Almirante Barroso. Já o FPSO Anita Garibaldi está em fase final de comissionamento em estaleiro e o FPSO Sepetiba está em integração e comissionamento. As plataformas estão sendo a grande aposta da estatal nas regiões.
Para Soares, nos últimos 20 anos a companhia enfrentou vários desafios tanto técnicos como de contratos, por exemplo. Mas, o aprendizado foi necessário para que a Petrobras incorporasse importantes diretrizes para o futuro. “Agora a companhia está buscando um menor tempo de ramp-up e uma maior eficiência operacional, além da redução de emissão de gases de efeito estufa, padronização em projetos, qualificação dos fornecedores e alinhamento de interesses contratuais entre a visão da Petrobras e do mercado”, comentou o gerente.
Atualmente os três principais direcionadores na implantação dos projetos de desenvolvimento da produção são: a maximização do valor econômico de projetos e operações, com aumento de eficiência; garantia de segurança, integridade e conformidade; e minimização de emissões de gases de efeito estufa com geração de valor.
Soares destaca também o CAPEX de exploracao e producao (sigla da expressão inglesa CAPital EXpenditure, que pode ser definida como despesas de capital ou investimentos em bens de capitais) que foi de 64 bilhões de dólares, sendo 67% alocado no pré-sal, considerando as unidades em produção e também a parte de exploração e 24% foi alocado no pós-sal.
Para o gerente, a elevada produtividade do pré-sal permitiu a estatal adotar uma estratégia de implantação de sistemas de produção com uma maior capacidade de produção. Os poços dão alta vazão e uma unidade maior traz alto valor para os projetos. “Temos unidades maiores e completas que embarcam soluções para trazer eficiência operacional, na implantação, mais confiabilidade e segurança e também reduzem a emissão de gases do efeito estufa”, destacou.
Fonte: Revista Portos e Navios