HRT fecha acordo de compra de fatia de ativos da Shell na Bacia de Campos, diz fonte

HRT fecha acordo de compra de fatia de ativos da Shell na Bacia de Campos, diz fonte

A petroleira HRT fechou acordo de compra de participação da anglo-holandesa Shell nos campos de Bijupirá e Salema, na Bacia de Campos, os primeiros no país a serem operados por uma empresa estrangeira, em escala comercial.

A informação, que deve ser publicada ao mercado em comunicado na terça-feira, é de uma fonte da Reuters próxima às negociações, que pediu para não ser identificada por não ter permissão para falar com a imprensa.

Procuradas, a Shell e a HRT afirmaram que não comentariam rumores de mercado e preferiram não se manifestar.

A Shell é operadora dos dois campos, com 80 por cento de participação, e tem a Petrobras como sócia e detentora dos demais 20 por cento.

Os dois campos produzem hoje 30 mil barris de óleo equivalente por dia (boe/d), segundo informou a assessoria de imprensa da Shell, quase sete vezes a produção da HRT registrada em novembro, como concessionária, de 4,3 boe/d.

Em em entrevista recente, a HRT havia afirmado à Reuters que buscava a aquisição de ativos em produção na Bacia de Campos, que poderiam trazer sinergias com o campo de Polvo, operado por ela na mesma bacia.

Bijupirá e Samela estão no litoral Norte Fluminense, a aproximadamente 295 quilômetros da cidade do Rio de Janeiro.

Uma única plataforma do tipo FPSO (flutuante de produção, armazenamento e transferência de óleo) realiza a produção dos dois campos, de forma conjunta, chamada Fluminense.

A empresa anglo-holandesa realizou recentemente um trabalho de redesenvolvimento dos dois campos, de forma a reduzir o declínio natural, já que os ativos produzem desde 2003.

Como parte desse trabalho, entre 2013 e 2014, a Shell realizou a perfuração de quatro novos poços produtores em Bijupirá e Salema, completando 12 poços produtores e 6 injetores, segundo a assessoria disse à Reuters no ano passado.

Dessa forma, a Shell apresentou um novo plano de desenvolvimento para as áreas, aprovado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) no ano passado.

A operadora dos ativos terá que entregar, até o fim de 2016, uma nova revisão dos planos de desenvolvimento das duas áreas. O próximo plano deverá conter, dentre outras questões, dados sísmicos diversos, atualizações de informações sobre as áreas, modificações e ampliações na infraestrutura de produção.

Fonte:Reuters/ Marta Nogueira; edição Juliana Schincariol e Luciana Bruno